A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) aprovou na última segunda-feira (31/10) a adesão da Palestina como membro pleno da organização, sendo a primeira agência da ONU (Organização das Nações Unidas) a reconhecer o Estado Palestino. Para que a decisão entre em vigor, a Palestina deve firmar e ratificar a Constituição da UNESCO.
De acordo com o discurso proferido pela Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, trata-se de um momento histórico, em que todos percebem o alcance simbólico e a importância dessa decisão para o povo palestino e para a UNESCO.
A Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, em seu discurso de admissão da Palestina |
O Brasil está entre os 107 países que votaram a favor da adesão; por outro lado, os Estados Unidos, contrários à adesão, assim como Canadá e Alemanha, anunciaram a suspensão de um pagamento de US$ 60 milhões que seria feito à organização em novembro. O fundamento para essa decisão se encontra em duas leis norte-americanas, do início dos anos 90, que proíbem o governo de desembolsar recursos em organizações da ONU que reconhecerem entidades não reconhecidas internacionalmente e que tenham em seus quadros de funcionários membros da Organização para a Liberação da Palestina (OLP).
Apesar do boicote norte-americano e da rejeição de outros Estados, a adesão representa um avanço para o reconhecimento do Estado Palestino, podendo abrir caminho inclusive para o reconhecimento pelo Conselho de Segurança da ONU, conforme pedido apresentado em setembro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Fonte: BBC Brasil e site UNESCO
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